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Escrito em 07/11/2018

Cazaquistão: base da tolerância

o governo cazaque promulgou uma série de medidas que restringem as atividades das associações e comunidades religiosas

Pedro Miskalo

Pedro Miskalo

Revista Mundo e Missão

“No Cazaquistão, o princípio da tolerância religiosa é a base da Constituição do Estado. Suas cidades estão repletas de magníficas mesquitas e igrejas ortodoxas que convivem harmoniosamente, porém o aspecto religioso se limita apenas à vida privada do cidadão”, afirmou à agência Fides Giannicola Saldutti, especialista em Ásia Central do Instituto de Altos Estudos em Geopolítica e Ciências Auxiliares, com sede em Roma.

Saldutti diz que, “visitando o país e falando com sua gente fica a impressão que há uma justaposição dos cultos: um público e dominante, ligado `lealdade ao Estado, à lei, ao culto à personalidade do presodente Nursultan Nazarbayen ( no poder desde 1991); e um privado, estritamente relacionando com a religião e à etnia à qual se pertence”.

No período de radicalização generalizada do islã, o Cazaquistão nunca foi teatro de ataques terroristas de relevância atribuídos ao Estado Islâmico (EI), embora a comunidade islâmica represente a maioria (70%) dos cidadãos ao país. Sem uma política social inteligente e de encontro inter-religioso, o EI teria disseminado facilmente o proselitismo no país, como ocorreu no Tajiquistão, no mundo árabe em geral, e nos Balcãs.

Nos últimos anos, o governo cazaque promulgou uma série de medidas que restringem as atividades das associações e comunidades religiosas como: a obrigação de celebrar as funções apenas em locais autorizados pelo Estado, ou o controle de câmeras de vigilância em lugares de culto, sob o argumento que, em caso de ataques ou violência, os autores possam ser identificados.

Segundo dados oficiais do seu Ministério de Relações Exteriores, de 17 milhões de cazaques, aproximadamente 26% são cristãos, dos quais 1% professa a fé católica.

Revista Mundo e Missão – ano 25 – nº 227 – pág. 13 – novembro de 2018

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