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Escrito em 22/06/2017

Dom Antonio Ribeiro de Oliveira: luminoso exemplo

É sobre os joelhos de papai-mamãe que rezam, que se experimenta a grandeza da fé

Mons. Aldorando Mendes

Mons. Aldorando Mendes

Vigário Paroquial

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Missa em ação de graças pelos 90 anos de Dom Antonio Ribeiro. Trindade-GO

Apontando o dedinho para o crucifixo na parede de sua casa – na Fazenda Pontinhas – Orizona (GO), ele, o pequenino Antonio, ainda nos braços de sua santa mãe Dona Luiza – perguntou-lhe: “quem é ele?”. E Dona Luiza, com a firmeza reveladora de sua profunda fé e de seu esposo, Senhor José Ribeiro e de toda a família, respondeu: “Aquele é o bom Pai do Céu. É o bom Deus. É Jesus!”. Foi ali, de pequenino, nos braços de sua mãe que Dom Antonio começou a longa trajetória de fascinação, de encantamento e de intimidade com Jesus, o Filho de Deus.

Dom Antonio exemplificava assim de modo vivo, concreto, o que estava pregando ali para os casais – do Encontro de Casais da Catedral: “É a família, a primeira Educadora da Fé. É no seio da família cristã que devem acontecer as primeiras experiências de fé, de Deus. É na família que se tem intimidade com Deus – que se inicia a transmissão da fé... É sobre os joelhos de papai-mamãe que rezam, que se experimenta a grandeza da fé, do amor da intimidade com Deus-Amor. É na família – o fundamental laboratório criado por Deus, que se aprende, aqui na terra, por antecipação, a vida futura do Paraíso.

“É Deus-Amor – que conhece a família, que a planejou como uma obra-prima do amor, símbolo, modelo de todos os seus outros desígnios, é com o amor que Ele poderá curar de novo as chagas da família hoje”. 

No ano de 1948, com colegas do Seminário Menor Santa Cruz, de Silvânia, tive a grande alegria de vir participar do grandioso evento eclesial que aconteceu em Goiânia: o Congresso Eucarístico. Eu, com 12 anos, cursando a 2ª série do ginasial. Foi aí que vi pela primeira vez o subdiácono Antonio Ribeiro. Ele, no altar monumento servindo no solene pontifical presidido por Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro. Foi então que exclamei: “Nossa!... Como ele é alto!”. 

"É na família que se tem intimidade com Deus – que se inicia a transmissão da fé...

Em 1949, alguns do Seminário Santa Cruz fomos transferidos para o Seminário Menor de Mariana (MG). Foi lá que, aos 2 de abril, na Sé Catedral, tive a alegria indelével de participar da solene celebração de sua ordenação presbiteral. Eu tinha o olhar sempre fixo nele, pois “era nosso... de Goiás”. Comentei: “Nossa!... Parece um Santo!”. 

Anos mais tarde, retorno ao Seminário Santa Cruz em Silvânia – tendo-o como reitor e professor de Teologia e Espiritualidade. Eu o avaliava com positivo orgulho: “Nossa!... que memória e inteligência privilegiadas!...e que sabedoria incrível!”. 

Apreciando a apaixonada e dinâmica participação dele em quase todas as modalidades de esportes, sobretudo no futebol... (“sai da frente!”...), eu concluí: “Nossa!... como é veloz... atlético!”. 

Ouvindo suas inflamadas e sólidas pregações aos seminaristas, aos colegas, aos padres, aos diocesanos – aos casais nos frequentes Encontros de Casais que eu seguia pela Pastoral Familiar, eu me confirmava: “Nossa!... Que bela e profunda intimidade ele tem com Deus!...”. 

O tempo correu... e ele na Diocese de Ipameri sofre o acidente que lhe trouxe as consequências sérias na sua saúde. Precisou então de bengala, de andador, de cadeira de rodas, mas sempre movendo-se com serenidade e profunda paz interior. Paz de quem bem entende de cruz, paz de quem está familiarizado com Cristo na Cruz. Então, eu o contemplo nesta situação e confirmo para mim mesmo: “Nossa!... como ele entende da arte de carregar a Cruz de Cristo e como Cristo!”.

Então, eu sempre o vi como um mestre que nos ensinou com autoridade, pois não precisava de muitas palavras. Continuava ensinando com a vida... e finalmente posso afirmar com a mais profunda convicção: “Nossa!... ele é de fato um gigante da santidade!

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