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Escrito em 07/11/2018

Mediterrâneo: mortes em proporções inéditas

Entre janeiro e julho deste ano, uma em cada 18 pessoas que cruzaram as águas rumo à Europa morreu ou desapareceu

Pedro Miskalo

Pedro Miskalo

Revista Mundo e Missão

Um relatório da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) divulgado no dia 2 de setembro revela que as fugas pelo Mar Mediterrâneo se tornaram mais mortais do que nunca. Entre janeiro e julho deste ano, uma em cada 18 pessoas que cruzaram as águas rumo à Europa morreu ou desapareceu. Óbitos aumentaram, mesmo com a diminuição do número de migrantes e refugiados que chegam ao continente europeu.

No mesmo período, em 2017, a taxa era de uma em 42. “O relatório confirma o Mediterrâneo como uma das travessias marítimas mais mortais do mundo. A queda do número de marítimas mais mortais do mundo. A queda do número de pessoas que chegam à costa europeia não é mais um teste para saber se a Europa pode administrar os números, mas sim, ela pode demonstrar humanidade suficiente para salvar vidas”, afirmou Pascale Moreau, diretora do escritório do ACNUR na Europa.

De acordo com o documento, as chegadas pelo Mediterrâneo aumentaram de 2017 para 2018 na Espanha e Grécia, mas tiveram queda significativa na Itália. Mesmo com tendências crescentes nos dois primeiros países, a média de migrantes e refugiados que aportam nas praias dessas três nações caiu de 2016 para cá.

Nos últimos meses, a ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) cobraram dos países europeus uma abordagem conjunta e previsível para o resgate e desembarque de pessoas em perigo no Mar Mediterrâneo. O relatório do organismo internacional pede que Estados europeus facilitem o acesso aos procedimentos de solicitação de refúgio a fim de garantir proteção internacional a quem dele precisar.

Revista Mundo e Missão – ano 25 – nº 227 – pág. 10 – novembro de 2018

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