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Homilias

Escrito em 29/03/2018

Homilia na Missa do Crisma

Quinta-feira Santa é a nossa festa: o dia da Eucaristia e do Sacerdócio, o dia por excelência do presbitério e de cada sacerdote

Homilia na Missa do Crisma

Quinta-Feira Santa, Trindade

29/03/ 2018

 “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque o Senhor me ungiu” (Lc 4,18).

Caríssimos Padres: alegro-me convosco e a todos saúdo fraternalmente, por nos encontrarmos aqui, em Trindade, a concelebrar a Sagrada Eucaristia, num dia tão significativo para nós.

Quinta-feira Santa é a nossa festa: o dia da Eucaristia e do Sacerdócio, o dia por excelência do presbitério e de cada sacerdote. Numa expressão clara de comunhão dos presbíteros com o seu Bispo e entre si, aqui estamos todos participando, também, da Bênção dos santos óleos, que levareis para as vossas paróquias e lá permanecerão, ao longo de todo o ano, como elementos de referência à unidade da pastoral arquidiocesana. Gerados na comunhão do presbitério e tomados na celebração dos sacramentos do batismo, confirmação e unção dos enfermos, assim se afirma, também, de forma simbólica, a nossa própria comunhão com todo o Povo de Deus desta Arquidiocese.

As leituras, há pouco, proclamadas ajudam-nos, como Padres, a interiorizar, à luz do mistério de Cristo e da nossa participação no Seu Sacerdócio, o sentido da unção e da missão a que faz referência o texto do Evangelho (Lc 4, 15-21), situando Jesus na perspectiva messiânica do profeta Isaías (Is 61,1-9), recordada na primeira leitura: “O Senhor me ungiu e me enviou a anunciar a boa nova aos pobres” (infelizes, atribulados, cativos, prisioneiros, aflitos) “e a levar-lhes o óleo da alegria”.

Como escreve São Lucas, no início do Seu ministério Jesus foi a Nazaré, entrou na sinagoga em um sábado, fez a leitura daquele texto de Isaías e no fim exclamou: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir” (Lc 4,21).

O Espírito é o princípio da consagração e da missão do Messias. Esse mesmo “Espírito do Senhor” está sobre a totalidade do Povo de Deus, que é constituído como povo “consagrado” a Deus e por Deus “enviado” para o anúncio do Evangelho que salva. Nos termos da segunda leitura (Apocalipse 1,5-8), é por Jesus Cristo, a Testemunha fiel, que nos vem a graça e a paz de Deus. “A Jesus que nos ama, que por Seu sangue nos libertou dos nossos pecados e que fez de nós um reino de Sacerdotes para Seu Deus, Pai” (Ap 1,6).

Além deste sacerdócio comum dos fiéis ou sacerdócio de todos os que foram batizados em Cristo, temos o Sacerdócio ministerial ou hierárquico, participação no Sacerdócio de Cristo, como Cabeça da Igreja (cf. LG 10).

Queridos sacerdotes, como nos recorda o Papa Francisco, na Exortação: “A Alegria do Evangelho”. À semelhança do Bom Pastor, somos enviados a percorrer novas estradas de encontro e reencontro, na periferia ou na fronteira, em busca das “ovelhas perdidas” e de quantos vivem sem um horizonte de esperança. A missão confiada por Jesus à Igreja aponta no sentido de “ir e anunciar” a Boa Nova do projeto de Deus para a salvação da Humanidade. Ir ao encontro de todos, dar a conhecer e testemunhar Jesus Cristo e o Seu Evangelho.

É preciso anunciar a Palavra de Deus, tocar os corações e as consciências, com o desejo da verdade e a força do bem, em ordem à conversão pessoal, à vida nova em Cristo, Homem Novo!

Hoje, fala-se muito do compromisso social, como dimensão e expressão da fé cristã; isto é importante e necessário, mas não será suficiente, esquecendo os valores sobrenaturais, que potenciam a nossa capacidade espiritual de intervenção e participação.

Reconheçamos que só a conversão do homem e da mulher a novos valores de vida, aos valores evangélicos, poderá conduzir à solução de muitos problemas humanos, familiares e sociais. Renovados no íntimo do coração e da consciência, vivendo segundo o Espírito de Deus, seremos Homens Novos para uma Sociedade Nova!

Caríssimos padres, neste dia de ação de graças, como é bom recordar o inesquecível dia da nossa Ordenação Sacerdotal! Repensar todo o rito, que tão bem define a natureza e a graça do ministério a que somos chamados, os compromissos que assumimos, a liberdade com que o fazemos, como penhor da alegria e felicidade, que havemos de sentir e testemunhar, ao longo de toda a nossa vida de padres. Renovar, hoje, as promessas da ordenação será apontar para uma vida de sacerdotes que exercem o ministério em plena liberdade, testemunhando a   alegria, fiéis à própria identidade, em profunda comunhão com Cristo na Igreja, felizes na fraternidade e unidade do presbitério. Somos, assim, reportados a – Viver na Igreja a alegria de ser cristão, ajustando-o à nossa própria condição sacerdotal: viver, em presbitério, a alegria de ser padre!

Entre nós, como todos os anos, há sacerdotes jubilares: Caríssimos padres jubilares, nesta oportunidade, quero deixar uma palavra de reconhecimento e muito apreço pela vida e ministério de cada um de vós, pela generosidade da vossa entrega e dedicação ao Povo de Deus, por todo o vosso empenho em viver o sacerdócio e testemunhar a alegria.

Parabenizo e rezo pelos padres jubilares:

60 anos de ordenação sacerdotal

1 - Mons. Aldorando Mendes dos Santos e o  Pe. Dalton Chaves, CSS

50 anos de ordenação sacerdotal

Pe. Éverson de Faria Mello, CSsR, nosso relações públicas

25 anos de ordenação sacerdotal

3- Pe. Geraldo Pereira

4 - Frei Dorcílio de Oliveira Júnior, OFM

Aniversário de nascimento

90 anos de idade

1 - Mons. Nelson Rafael Fleury

2 -  Pe. Angelo Licati, CSsR   -

80 anos de idade

- Diác. José Celso Pereira

Rezemos uns pelos outros, solidários com todos nas alegrias e sofrimentos de cada um. Rezemos também pelos sacerdotes enfermos Monsenhores João Daiber, Leônidas e Augusto Baldrati. Pelos falecidos neste último ano: Padre Pe. Ermes Cum – falecido em 13 de novembro de 2017

Pe. José Dall'Asta – falecido em 26 de fevereiro de 2018

Faço questão de lembrar também as 4 Religiosas Falecidas: Ir.  Arnalda Alves Ferreira/Ir. Áurea Cordeiro Menezes da Congregação das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral.

Ir. Júlia Maria de Jesus, das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. Ir. Sônia de Oliveira – Sociedade das Filhas do Coração de Maria.

Alegramo-nos e bendizemos a Deus por todos, ao mesmo tempo que rezamos pelas vocações sacerdotais, pelos nossos 8 diáconos transitórios, pelos nossos Seminaristas dos Seminários Maior, Propedêutico e Menor, por todas as outras vocações de especial consagração, tendo já em vista os trabalhos preparatórios do Sínodo dos Bispos sobre

“Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” (Outubro 2018). Enfim, a Nossa Senhora Auxiliadora dirigimos a nossa prece: Mãe de Cristo, Mãe dos Sacerdotes, Estrela da nova evangelização, guiai-nos, para que seguindo o exemplo do vosso amor e disponibilidade, saibamos ser pastores autênticos daqueles que nos estão confiados.

Dai-nos força nas horas sombrias da vida e nos momentos de maior cansaço do nosso ministério, para que possamos exercê-lo com fidelidade e amor! Rainha dos Apóstolos rogai por nós!

Bem-vindos!

Bem-vindos!

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