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Escrito em 15/07/2020 por Fúlvio Costa

Sinos das Igrejas na Arquidiocese de Goiânia soarão em unidade pelas vítimas da Covid-19

O terço será conduzido pelo bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes, direto do Carmelo da Santíssima Trindade e da Imaculada Conceição, em Trindade (GO)

Imagem Homilias

Este dia 16 de julho ficará marcado na memória da Arquidiocese de Goiânia como a data em que todos pararam para rezar por aqueles que sofreram com as consequências da pandemia do coronavírus. Às 15h desse dia, os sinos de suas igrejas tocarão suplicando a Deus o conforto para os familiares e a felicidade eterna para os falecidos. Cinco minutos depois do badalar dos sinos, haverá um momento de oração do Santo Terço da Misericórdia e homenagem aos irmãos e irmãs que partiram na esperança da ressurreição.

O terço será conduzido pelo bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes, direto do Carmelo da Santíssima Trindade e da Imaculada Conceição, em Trindade (GO). O momento será transmitido ao vivo pelas redes sociais da Arquidiocese de Goiânia. “A expectativa é de que as paróquias e comunidades que possuem os sinos acolham esse chamamento à solidariedade e à oração. Que os sacerdotes e fiéis, neste dia, elevem suas orações em sufrágios das almas dos falecidos e supliquem o conforto das famílias enlutadas”, afirmou, em entrevista, Dom Moacir. Ele ressaltou ainda que as paróquias que não tiverem os sinos, poderão reproduzir os sons deles por seu sistema de áudio.

O momento integra o Projeto Somos Um, iniciativa com essência solidária, cujo objetivo é destacar o trabalho já desenvolvido pela Igreja em Goiânia e, a partir da proximidade, do diálogo e do espírito de comunhão com toda a sociedade, potencializar as ações, suscitando o cuidado e a responsabilidade com o outro, a partir do relacionamento entre as pessoas.

A data escolhida, 16 de julho, Dia de Nossa Senhora do Carmo, foi proposital, segundo Dom Moacir, porque a devoção a ela está ligada à busca dos eremitas por oração, que se dirigiram ao Monte Carmelo, na Terra Santa. “A oração é um meio eficaz de colaborarmos não somente com a conversão, mas também com a transformação da realidade”, destacou. Ele comentou também que os sinos foram escolhidos por tratar-se de uma forma muito antiga de comunicação na Igreja utilizado para chamar para os momentos da vida comunitária e dentro dos mosteiros; depois passou a fazer parte da vida das paróquias. “Os sinos, na Igreja, desde o século V, sempre foram vistos como uma forma de comunicação. Seu som também era utilizado para comunicar as festas da comunidade (repicado e toque mais alegre) e momentos de tristeza, como os funerais. Até hoje, para nós, católicos, os sinos são tocados para chamar nossa atenção para tempos importantes (consagração, presença do Santíssimo Sacramento, a hora da Missa e do Angelus). Existe, inclusive, a bênção própria para sinos de igrejas”.

O dia 16 de julho, ainda conforme Dom Moacir, responde ao pedido de Jesus aos discípulos “Que sejam um”. Na Igreja de Goiânia, o badalar dos sinos, será uma importante ação solidária neste tempo de sofrimento e de falecimento de tantas pessoas vítimas da Covid-19. “Não podemos ser solidários apenas com os que conhecemos pessoalmente. Nossa solidariedade não deve esperar o sofrimento chegar à nossa carne para nos dispormos a ir ao encontro dos que sofrem. A pandemia nos chama a um grande movimento de solidariedade diante do sofrimento de toda a humanidade e, principalmente, das pessoas em situação de maior vulnerabilidade. Pois, se estamos todos enfrentando a mesma tempestade, não estamos todos no mesmo tipo de barco. Alguns estão isolados em grandes barcos tranquilos e outros estão em pequenas canoas e não podem suportar o momento. Sofrer juntos significa sentir em nós a dor do outro e permitir que essa dor, como o samaritano, nos mova para agirmos com misericórdia”, explicou.

 

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