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Escrito em 20/06/2019 por Fúlvio Costa

Corpus Christi: Igreja confessa publicamente sua fé

“Jesus Cristo está vivo, em pessoa, todo inteiro, real e verdadeiramente presente aqui, em seu corpo, alma e divindade"

Imagem Homilias

A Solenidade do Corpo e Sangue de Nosso Jesus Cristo (Corpus Christi), mais uma vez, reuniu o povo de Deus das paróquias da Arquidiocese de Goiânia, na Praça Cívica. A celebração, presidida pelo nosso arcebispo Dom Washington Cruz; pelos bispos auxiliares Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes e todo o Clero, contou com a participação de cerca de 20 mil pessoas, segundo dados não oficiais. “Esta Solenidade é uma confissão pública da fé”, disse o arcebispo em sua homilia. Tornou o dia ainda mais especial, neste ano, a lei aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Iris Rezende, que inclui Corpus Christi no calendário oficial de eventos do município de Goiânia.

Corpus Christi é um dia de festa e Dom Washington lembrou que, na hóstia consagrada, “Jesus Cristo está vivo, em pessoa, todo inteiro, real e verdadeiramente presente aqui, em seu corpo, alma e divindade. Recorda-nos também que a fé não se vive na clandestinidade nem no anonimato”.

As palavras do arcebispo fazem memória das origens da Festa de Corpus Christi que foi instituída pelo papa Urbano IV, em 11 de agosto de 1264, com a tríplice finalidade: honrar Jesus Cristo, pedir perdão a ele e protestar contra aqueles que negavam a presença de Deus na hóstia consagrada. Ele também enfatizou qual é a finalidade, por excelência, desta festa. “Hoje é dia de agradecer a Deus, Uno e Trino, por este dom incomensurável. Dia de implorar um crescimento de fé na presença real de Cristo na Eucaristia e, assim, fomentar a nossa piedade e adoração diante do Cristo oferecido, glorificado, e nosso intercessor, feito presença próxima, ‘tão perto de meu Deus, ó Pai dos céus’”.  

Outro ponto destacado por Dom Washington foi que a “Eucaristia é o mistério da suprema condescendência de Cristo que não nos deixa órfãos”. Suas palavras têm relação direta com escritos de São João Paulo II, em sua Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia – Sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja (2003), na qual ele esclarece qual é o sentido da celebração eucarística para a vida da Igreja. O texto reforça a preciosidade desse sacrifício. “Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do seu Senhor, este acontecimento central de salvação torna-se realmente presente e “realiza-se também a obra da nossa redenção. Este sacrifício é tão decisivo para a salvação do gênero humano que Jesus Cristo realizou-o e só voltou ao Pai depois de nos ter deixado o meio para dele participarmos como se tivéssemos estado presentes” (n. 11). Dom Washington fez questão de avigorar a centralidade da Eucaristia sublinhando que “as palavras de Jesus, no momento da instituição da Eucaristia, nos estão dizendo que sua intenção não é apenas nos deixar um símbolo que nos rememore sua entrega redentora, mas de ficar conosco com uma presença misteriosa, real, verdadeira e substancial, enquanto esperamos a sua volta” (cf. Mt 26,26-28).

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Procissão
Antes da bênção final, após todos os ritos litúrgicos, aconteceu a Procissão do Santíssimo Sacramento no anel interno da Praça Cívica, sobre os tapetes confeccionados pelos membros das paróquias ao longo de todo o dia. Caminhando, cantando e rezando, procurando ouvir a voz do Cristo, o povo de Deus peregrinou pedindo as últimas bênçãos do Cristo Eucarístico neste dia de preceito.

Confecção dos tapetes
Como de costume, a Festa de Corpus Christi começa bem antes para as pessoas que ajudam a organizar a celebração. Entre elas estão os fiéis de diversas paróquias da Arquidiocese que acordaram cedo para preparar os tradicionais tapetes por onde Jesus passa durante a procissão. Padre Rodrigo de Castro, reitor do Santuário Sagrada Família, explicou que o sentido dos tapetes é “preparar o caminho para o Senhor. Como em Jerusalém, os fiéis esperam por Cristo exultantes de alegria por sua presença”. Padre Jairo Gomes, coordenador da confecção dos tapetes para procissão de Corpus Christi deste ano, salientou que a organização começa meses antes, desde a escolha dos símbolos que exaltam a Eucaristia, dos elementos litúrgicos, da preparação da serragem e demais materiais, até o transporte e a divisão dos espaços para cada paróquia.

A manhã deste dia também foi marcada pela comunhão entre pastores e fiéis. Dom Washington e os bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes, percorreram o trajeto ornamentado da procissão, ao redor da Praça Cívica, cumprimentando todos que ali se encontravam, atitude que expressa a unidade da Igreja – caminho fecundo para ação do Cristo. 

Para o jovem Matheus Garcia, Paróquia Cristo Rei, de Aparecida de Goiânia, “hoje é um dia muito importante para nossa Igreja, uma festa em que celebramos o Corpo e Sangue de Cristo, e nós estamos aqui representando as cinco comunidades da nossa paróquia, expressando a nossa unidade de Igreja, colaborando para que esta festa seja mais bonita”. Vitória Arantes, do Santuário Sagrada família, na Vila Canaã, disse que “esta festa é muito importante, pois é o único dia em que Jesus sai às ruas para ir ao encontro de todos, inclusive daqueles que estão dispersos. É um dia especial também porque nós adoramos o Cristo Eucarístico, ajudamos a confeccionar os tapetes em que o Senhor passa. Assim, crescemos em fé e espiritualidade.”  Pe. Alcimar Lima Silva, da Paróquia Imaculado Coração de Maria, comentou que a Festa do Corpo e Sangue de Cristo é muito importante na vida da Igreja, porque alimenta em nós ainda mais esse desejo da configuração com a pessoa de Jesus Cristo. “Celebrar a Eucaristia, é celebrar esse banquete de comunhão e aliança, e aqui se expressa também o significado de movimentarmos as pessoas das nossas paróquias para participarem dessa festa da unidade com toda nossa Igreja arquidiocesana”. Já o bispo auxiliar Dom Moacir Silva Arantes explicou que “a Eucaristia é a presença viva de Jesus no meio de nós, pois ele quis permanecer conosco, fazendo-se presente nas espécies do Pão e do Vinho. Celebramos a festa da unidade, porque por meio da Eucaristia se congrega toda a Igreja.”

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