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Escrito em 19/11/2022 por Fúlvio Costa

Dom João Justino recebe o Pálio, símbolo do Bom Pastor, e anuncia mudanças na organização da Arquidiocese de Goiânia

Imagem Homilias
Fotos: Ana Paula Abrão

Na manhã deste sábado, 19 de novembro, o nosso arcebispo Dom João Justino de Medeiros Silva, recebeu o Pálio das mãos do núncio apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, em solene celebração eucarística na Catedral Metropolitana. A missa contou com a participação de vários bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Igreja em Goiás e Distrito Federal), o clero da Arquidiocese de Goiânia, religiosos e religiosas, bem como autoridades políticas. O governador do estado, Ronaldo Caiado, estava presente. 

Logo no início da celebração, após cumprimentar as autoridades presentes, o núncio apostólico explicou o sentido do Pálio. “O Pálio nos lembra do julgo sagrado de Cristo que é colocado em cada batizado. O julgo de Cristo é idêntico a sua amizade, é um julgo de amizade, portanto, é um julgo suave, mas como tal também é um julgo exigente e é um julgo que forma para a sua escola, a sua vontade, a sua verdade e o seu amor. É um julgo que une no amor com Deus Pai na amizade com Jesus Cristo, na disponibilidade para os outros assim como se exige do pastor que cuida dos fiéis amando Cristo e a Igreja”, afirmou. O Pálio – continuou o núncio – “é tecido de lã do cordeiro abençoado na festa de Santa Inês e nos lembra do pastor que se tornou um cordeiro por amor a nós. Recordamos dele ainda viajando entre as montanhas e desertos onde o seu cordeiro, a humanidade, tinha se extraviado. Recordo-lhe querido arcebispo, aquele que levou o cordeiro, a humanidade, eu e o senhor, sobre os seus ombros, deseja levar nós para casa. Ele recorda assim que também nós como pastores devemos levar os outros conosco, levando-os por assim dizer em nossos ombros, levando-os para Cristo. Recordo-lhe que somos chamados a ser pastores do seu rebanho que permanece sempre seu e não se torna nosso. Quando vossa excelência usa o Pálio, o Senhor lhe pergunta: ‘tu estás me ajudando a trazer a mim aqueles que me pertencem?’ ‘Tu estás trazendo para mim?’ Assim o Pálio torna-se o símbolo da vocação, do chamado de Cristo Bom Pastor e de seu amor como arcebispo junto com ele. O Pálio também significa a comunhão com Pedro, com o Santo Padre, o papa Francisco, e significa ser pastores pela unidade e na unidade e apenas na unidade representada pelo papa Francisco que levamos homens a Cristo. O Pálio também expressa a colegialidade dos bispos e a sinodalidade da Igreja. Ninguém é pastor sozinho. Somos, ao invés, pastores na sucessão dos apóstolos, pastores na comunhão da colegialidade, na comunhão diacrônica e sincrônica no Kairós de comunhão trinitária e eclesial na continuidade da graça, no colégio dos apóstolos. A comunhão, portanto, forja a identidade da missão de ser pastor”. 

Em seguida, o núncio pediu ao bom Deus e a Nossa Senhora que guie o arcebispo de Goiânia em seu pastoreio. “Caro Dom João Justino de Medeiros Silva, o Pálio sempre lembra aquele que foi constituído dentro e para a missão da comunhão que é a Igreja. O edifício espiritual construído sobre Cristo como a pedra angular. Ela enquanto está na sua dimensão terrena e histórica, está sob a lógica de Pedro, inspirados por essa convicção somos colaboradores dessa verdade e como sabemos é una e sinfônica e exige de cada uma de nossas comunidades um compromisso constante de conversão ao único Senhor na graça do santo espírito. Que a Santa Mãe de Deus lhe guie e acompanhe sempre e lhe mostre o caminho de fé e caridade. Rainha dos Apóstolos, rogai por nós”.

Dom João Justino, conforme o rito de imposição do pálio, fez o juramento de fidelidade diante do núncio rezando o Creio. Ao fim deste momento, o núncio impôs o Pálio sobre os ombros do arcebispo. A celebração continuou com a presidência do Dom João que em sua homilia citou a Encíclica do Fratelli Tutti, do papa Francisco, sobre a fraternidade e a amizade social ao afirmar que é muito necessário percorremos um caminho em unidade. Dom João saudou a todos presentes, a autoridades civis, o povo de Deus, e as autoridades eclesiásticas. Ele disse que a eucaristia celebrada não se trata de mero cumprimento de protocolo, mas é um selo de compromisso efetivo em Jesus Cristo. Ele também refletiu sobre vocação, lembrando que neste domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, a Igreja celebra a abertura do 3º Ano Vocacional do Brasil. “Todos nós somos como vasos de barro carregando esse tesouro, cuidemo-nos para não nos quebrarmos, contemos com a graça de Deus, mas também nos esforcemos com honestidade para viver o sim dado sem reservas”. Ele aproveitou para renovar diante de todos o seu compromisso de trabalhar todos os dias do seu ministério em favor do anúncio da palavra de Deus. 

Organização da Arquidiocese de Goiânia
Outro momento importante da homilia do arcebispo foi o anúncio de mudanças na organização da Igreja particular de Goiânia. De acordo com ele, será implantado o Vicariato Episcopal para a Evangelização que reunirá todas as coordenações dos serviços de evangelização da Arquidiocese com especial atenção para a missão, para a sinodalidade e para as concretas expressões de partilha dos bens em favor do anúncio do evangelho. Ligado ao Vicariato Episcopal para a Evangelização estará em funcionamento a Escola e Ministério dos Cristãos Leigos e Leigas.

“O Pálio que hoje recebi lembra-me que devo repedir muitas vezes e quantas preciso for este gesto colocando as ovelhas feridas sobre os ombros

Para cuidar dos menos favorecidos, recordando assim o cuidado terno de Jesus para com os mais frágeis, será criado o Vicariato Episcopal da Solidariedade.  “O Pálio que hoje recebi lembra-me que devo repedir muitas vezes e quantas preciso for este gesto colocando as ovelhas feridas sobre os ombros, cuidando especialmente das Pastorais Sociais para fomentá-las, cuidar da formação de fé e política e da articulação das muitas obras sociais a partir do compromisso evangélico de serviço aos pobres, o Vicariato Episcopal da Solidariedade quer ser uma resposta concreta aos apelos do papa Francisco na 6ª Jornada Mundial dos Pobres celebrada no último domingo”, afirmou. 

Por fim, o metropolita de Goiânia recordou as palavras do papa Francisco quando da bênção dos Pálios no dia 29 de junho deste ano. Entre os vários Pálios abençoados estava aquele que Dom João recebeu nesta manhã do dia 19 de novembro, das mãos do núncio Dom Giambattista. “Retomo suas palavras como encorajamento para a missão: ‘Segundo uma bela tradição, benzi os pálios para os arcebispos metropolitas recém nomeados, muitos dos quais participam da nossa celebração em comunhão com Pedro são chamados a erguer-se depressa não dormir para serem sentinelas vigilantes do trabalho. Levanta-te para combater a boa batalha, nunca sozinho, mas com todo o povo fiel de Deus e como bons pastores devem estar a frente do povo, no meio do povo e atrás do povo, mas sempre com o santo povo fiel de Deus porque fazem parte do santo povo fiel de Deus”, concluiu.

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