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Escrito em 02/10/2019 por Fúlvio Costa - Jornal Encontro Semanal, Ed. 280

A Igreja reafirma: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15)

Se setembro é o Mês da Bíblia, outubro não é muito diferente, embora seja denominado Mês Missionário, pois a missão se faz também com a Palavra de Deus

Imagem Homilias

Que outubro é o Mês Missionário na Igreja, muitos já sabem. É neste mês que a dimensão missionária é motivada com mais vigor, a fim de que os cristãos nunca se esqueçam que a atividade primeira da Igreja é a missão. “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na ‘missão’ do Filho e do Espírito Santo” (Decreto Ad Gentes, n. 2). 

Se setembro é o Mês da Bíblia, outubro não é muito diferente, embora seja denominado Mês Missionário, pois a missão se faz também com a Palavra de Deus. O mesmo Decreto Ad Gentes vai dizer que o “meio principal da missão é a pregação do Evangelho de Jesus Cristo” (cf. Ad Gentes, n. 6) e ressalta que a dimensão missionária é indispensável à Igreja porque “a partir da semente da Palavra, é necessário que se desenvolvam por toda parte igrejas autóctones particulares, dotadas de forças próprias e maturidade, com hierarquia própria unida ao povo fiel, suficientemente providas de meios proporcionados a uma vida cristã plena, contribuindo para o bem da Igreja universal” (Ad Gentes, n. 6). 

Mas se já tradição na Igreja celebrar o Mês Missionário, por que torná-lo extraordinário, neste ano? É desejo de o papa “sacudir” a Igreja para aquilo que é essencial em sua vida pastoral. A missão é essa ponta de lança que propõe a todos os cristãos “sair da sacristia”, e atuar no mundo, seja em casa, no trabalho, na sociedade, levando a mensagem de Cristo a todos os povos. Esse acontecimento, exorta o pontífice, deve abranger todas as esferas da Igreja: Conferências Episcopais, os membros dos institutos de vida consagrada, as sociedades de vida apostólica, as associações e movimentos eclesiais. 

O Mês Missionário Extraordinário (MME) não é um acontecimento que passa e cai no esquecimento, mas deve ser marcado por diversas atividades que provocam as comunidades à criatividade. O tema é sugestivo: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” porque aderir a este mandato do Senhor não é opcional para a Igreja, é uma “obrigação” que lhe incumbe, como recordou o Concílio Vaticano II, pois a Igreja “é, por sua natureza, missionária”. “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar.” A partir da realidade de cada comunidade, é possível tornar esse Mês Missionário realmente extraordinário. 

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES
O ápice do Mês Missionário Extraordinário, como todos os anos no mês de outubro, é o Dia Mundial das Missões, que neste ano será celebrado nos dias 19 e 20 de outubro, momento em que todas as Igrejas particulares, todas as Instituições e Associações eclesiais e cada cristão membro da Igreja têm o dever de colaborar para que a mensagem do Senhor se difunda e chegue até os últimos confins da terra. 

No domingo que antecede o Dia Mundial das Missões, todas as paróquias e comunidades distribuem o envelope que deve ser utilizado exclusivamente para a Coleta do Dia Mundial das Missões. As ofertas realizadas em todas as comunidades, paróquias e instituições católicas devem ser integralmente enviadas à Arquidiocese de Goiânia, que por sua vez repassa os valores às Pontifícias Obras Missionárias (POM) que as repassam ao Fundo Universal de Solidariedade, para apoiar projetos missionários em todo o mundo.

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) organismo do papa Francisco com a finalidade de animar para as missões, orienta que o MME seja ocasião para despertar, animar e não para cansar as comunidades. “A ideia central neste processo de preparação para o MME é inserir, dentro da programação ordinária e habitual das Igrejas locais, a temática e o espírito do mês missionário, visando a conversão pastoral missionária.” 

Conforme orientação do papa Francisco, a celebração do Mês Missionário de 2018, no Brasil, serviu de início para a preparação do Mês Missionário de 2019, “de modo que todos os fiéis desejem verdadeiramente o anúncio do Evangelho e a transformação das suas comunidades em realidades missionárias e evangelizadoras; e aumente o amor pela missão, que ‘é uma paixão por Jesus e, simultaneamente, uma paixão pelo seu povo’” (Carta do papa Francisco ao Cardeal Filoni, 22 de outubro de 2017).

Dimensões
As cartas de motivação e convocação do papa Francisco e do Cardeal Filoni, para o Mês Missionário Extraordinário, indicam seis dimensões:

Encontro
Destacar a centralidade da pessoa e missão de Jesus Cristo.

Testemunho e vivências
Valorizar os padroeiros da missão, Santa Teresinha e São Francisco Xavier.

Formativa
Reflexão bíblica teológica sobre a identidade missionária de todo povo de Deus, a partir da temática do MME e da Carta Apostólica Maximum Illud do papa Bento XV.

Caridade missionária
Atenção aos povos da Amazônia Legal, com suas realidades. Promover a coleta missionária e valorizar ações concretas de compromisso com os mais pobres. Promover visitas missionárias.

Cooperação
Conectar o MME com o Sínodo para Amazônia; envio ad gentes como sinal de acolhimento e fortalecimento das motivações do MME.

Celebrativa
Propostas: Abertura do MME no dia 1º de outubro, em cada Igreja particular; valorizar o Dia Mundial Missões com a vigília que antecede no dia 19 de outubro; propor aos folhetos litúrgicos a oração dos fiéis e a oração missionária; incentivar a novena e terço missionário; propor ligação com os meses temáticos (mariano, vocacional, semana da família e bíblia), valorizar a temática do MME nos retiros dos padres, dos consagrados(as) e seminaristas; inserir a temática do MME na novena dos padroeiros.

Atendimento

(62) 3223-4581 / 3225-0339

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