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Escrito em 24/04/2019

Breve Catequese sobre a Missa Crismal e as novas ânforas

Depois de diversos meses de conversas, via internet, chegou-se, em janeiro de 2017, a um projeto inspirado nas ânforas da Basílica Vaticana

Dom Washington Cruz, CP

Dom Washington Cruz, CP

Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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Foto: Rudger Remígio

Na liturgia anterior ao Concílio Vaticano II não havia a Missa Crismal como a conhecemos hoje. O bispo diocesano abençoava os Óleos a serem usados nas celebrações dos Sacramentos (Batismo, Crisma, Ordem e Unção dos Enfermos) e em alguns sacramentais (a dedicação de Altar e Igreja, por exemplo) de maneira mais discreta e até privada.

A liturgia pós-conciliar colocou em grande evidência esse momento significativo da vida da diocese de forma que, sem nenhum perigo de errar, é possível dizer que ela se tornou uma verdadeira epifania da Igreja particular, pois nela está presente uma bela imagem da Igreja peregrina sobre a terra, o bispo diocesano ladeado por uma coroa com muitos círculos concêntricos, a saber, os presbíteros, os diáconos, os/as vocacionados/as à vida sacerdotal e à vida religiosa, e o povo santo de Deus, os principais destinatários dos sacramentos. 

O lugar mais teológico para essa celebração é a Catedral da Diocese, mas, por conta do grande número de pessoas que acorrem a essa celebração, o bispo diocesano pode celebrá-la noutro espaço. Aqui, na Arquidiocese, a celebramos na Basílica do Divino Pai Eterno, onde pulsa o coração da religiosidade dos goianos e por acomodar de maneira mais adequada os fiéis. 

Breve história das novas ânforas da Arquidiocese
O ideal, considerando o tamanho da diocese, é que o bispo diocesano abençoe, na Missa Crismal anual, uma quantidade de óleos que seja suficiente para as celebrações dos Sacramentos e sacramentais durante todo o ano. Para tanto, é preciso resolver o devido tamanho das ânforas. Durante os 60 anos de nossa amada Arquidiocese foram-se buscando maneiras de resolver essa questão aparentemente simples. As ânforas que tínhamos há muitos anos não atendiam a essa demanda anual.

Em outubro de 2015, após a Reunião Mensal de Pastoral, pedimos à Comissão de Liturgia que estudasse uma maneira de se prover novas ânforas, que atendessem à nossa necessidade. Começou-se um longo caminho de estudo de possibilidades e escolha de material adequado. Encarregamos para isso um sacerdote que tem conhecimento com conceituadas e consagradas empresas italianas na fabricação de objetos em metal para a liturgia Católica. 

Depois de diversos meses de conversas, via internet, chegou-se, em janeiro de 2017, a um projeto inspirado nas ânforas da Basílica Vaticana. As ânforas que tínhamos eram com capacidade para 10 litros de óleo, que ano após ano eram insuficientes. Nas atuais ânforas cabem 25 litros. Esperemos que elas atendam às nossas necessidades por, ao menos, um século.

Considerando a dignidade das atuais ânforas, entrou em questão onde colocá-las. Depois de um longo caminho de estudo envolvendo o Setor Litúrgico, os arquitetos Maria Inês Pereira e Vitor Hugo Gonçalves, do Escritório Griffe Arquitetura, o pároco da Catedral e este arcebispo, decidimos que, em breve, elas estarão na Catedral, no Altar da Cruz, à esquerda de quem entra na igreja, para cumprir a sua primordial finalidade, ou seja, distribuição dos Santos Óleos para as comunidades, e despertar uma fecunda catequese sacramental nos fiéis. Agradecemos, penhoradamente, a todos os que, de alguma forma, colaboraram com muito amor e alguns sacrifícios para que tivéssemos essas novas ânforas, para uma mais digna celebração da bênção e consagração dos Santos Óleos, na Missa do Crisma.  

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