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Escrito em 28/06/2018

China – Pequim proíbe a venda on-line de Bíblias

O governo considera a Bíblia um livro apenas “para distribuição interna” e, oficialmente, permite-a somente em ambientes católicos e protestantes

Pedro Miskalo

Pedro Miskalo

Revista Mundo e Missão

A partir de abril, muitos sites de venda on-line cancelaram a oferta de Bíblias na China. Portais como DJ.com, Taobao, Amazon.cn e Dang Dang acusam o governo de querer sufocar a difusão do texto sagrado.
 
O governo considera a Bíblia um livro apenas “para distribuição interna” e, oficialmente, permite-a somente em ambientes católicos e protestantes, sempre sob o controle das Associações Patrióticas. Há vários anos, a Bíblia tornou-se best-seller no país, talvez pela procura de alimento espiritual de muitos chineses. Isto favoreceu a difusão de exemplares oficiais e piratas.
 
Naquele país, não é possível vender livros religiosos sem o Código de Identificação (o nosso ISBN), fornecido pela Administração estatal para a imprensa e as publicações. Há pouco tempo, o Livro Branco das Religiões afirmou que a China publicou mais de 160 milhões de cópias da Bíblia, em mais de cem línguas, para muitos países, incluindo 80 milhões de cópias em língua chinesa, em braile e em 11 línguas de minorias étnicas.
 
Os internautas se perguntam sobre o porquê desta onda conta a Bíblia. Há quem ache que é apenas uma questão comercial, para eliminar a concorrência dos sites privados e para convergir as aquisições às Associações Patrióticas. Outros afirmam que, deste modo, o governo possa limitar a difusão e o uso do texto sagrado, na tentativa – ainda que desesperada – de estancar o crescimento do número de cristãos no país.
 
Segundo sociólogos chineses, entre eles o eminente Fenggang Yang, as igrejas protestantes e católicas na China crescerão tanto que, em 2030, o país terá o maior número de cristãos do mundo. Mas há um problema: a maior parte dos novos cristãos pertencerá a grupos clandestinos.
 
Revista Mundo e Missão, julho 2018, p. 14.

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