O que você procura?

Artigos

Escrito em 08/08/2017

Jorge Mario Bergoglio/papa Francisco: um testemunho

A trajetória de Jorge Mario Bergoglio/papa Francisco

Pe. Luís González-Quevedo

Pe. Luís González-Quevedo

Companhia de Jesus (Jesuíta)

jorge-mario-bergoglio-papa-francisco-um-testemunho-0394039.jpg
Foto: Rádio Vaticano
Conheci Jorge Bergoglio em julho de 1970. Ele tinha sido ordenado sacerdote no ano anterior; eu ainda não era padre. Eu tinha viajado a Buenos Aires para participar da ordenação diaconal de dois colegas. Hospedei-me no Colégio Máximo São José, e San Miguel, município vizinho à capital. Bergoglio estava lá, terminando sua graduação em teologia. Uma noite, tivemos uma boa conversa. 
 
Bergoglio era um padre jovem, aberto e acolhedor. Ele me cativou por sua lucidez e sua sinceridade. Lá pelas tantas, ele me disse: “porque eu tenho um problema: minha família é muito tradicional”. Naquela época, logo após o Concílio Vaticano II, ser “tradicional” ou “conservador” parecia um estigma.
 
Depois, Bergoglio passou um ano na Espanha e fez amizade com a minha família. Entre 1970 e 1992, mantivemos correspondência epistolar. Os encontros presenciais foram poucos, mas muito positivos. Bergoglio era um desses padres que ganham facilmente a confiança das pessoas. Lembro-me de que, numa ocasião, pedi que me escutasse em confissão.
 
"Como arcebispo de Buenos Aires, nunca foi bem visto pelos sucessivos governos argentinos, que o consideravam um opositor
 
No entanto, a vida de Bergoglio na Companhia de Jesus não foi fácil. Durante a formação, ofereceu-se para ser enviado à missão no Japão, mas não foi aceito, por motivo de saúde. Recém-formado, foi nomeado mestre de noviços e, logo mais, superior provincial da Companhia de Jesus na Argentina, cargo que desempenhou de 1973 a 1979, num contexto político muito difícil. Num dos nossos encontros, confidenciou-me que alguns jovens jesuítas trabalhavam na clandestinidade contra a ditadura militar Argentina. Dois padres inseridos num bairro popular foram sequestrados pelos militares. Bergoglio foi acusado de ter abandonado os dois companheiros. Ele não se defendeu publicamente de tais acusações, que teriam impedido sua eleição pontifícia se tivessem algum fundamento. Como arcebispo de Buenos Aires, nunca foi bem visto pelos sucessivos governos argentinos, que o consideravam um opositor.
 
Hoje, Francisco reconhece as limitações da sua gestão como superior:
 
Estávamos num tempo difícil para a Companhia: tinha desaparecido uma inteira geração de jesuítas. Por isso, vi-me nomeado provincial ainda muito jovem. Tinha 36 anos: uma loucura. Era preciso enfrentar situações difíceis. [...] O meu modo autoritário e rápido de tomar decisões levou-me a ter sérios problemas e a ser acusado de ultraconservador (SPADARO, 2013, p.15).
 
Terminado o mandato de provincial, Bergoglio assumiu o reitorado do Colégio Máximo e das Faculdades de Filosofia e Teologia de San Miguel. Assumiu também a paróquia do Patriarca São José, na Diocese de San Miguel. E ainda começou a preparar uma tese doutoral sobre Romano Guardini. Em 1986, esteve na Alemanha para recolher o material que faltava sobre este. Não chegou a terminar a tese.
 
Retornando à Argentina, Bergoglio não assumiu mais cargos de governo na Companhia; ficou residindo na igreja de El Salvador, no centro de Buenos Aires, colaborando com o Boletim de Espiritualidade da província argentina e ensinando teologia pastoral em San Miguel. Sua influência entre os jesuítas continuava sendo grande, mas era acusado de dividir a província. Segundo o testemunho de um provincial da Argentina que, significativamente não era argentino, mas colombiano, uns seguiam a linha de Bergoglio e “outros eram mais novos, uma geração diferente” (GONZÁLEZ-QUEVEDO, 2015, p. 50).
 
Em 1990, Jorge Mario Bergoglio foi destinado à cidade de Córdoba, como diretor espiritual e confessor no templo. Ele mesmo conta que viveu “um tempo de grande crise interior” (SPADARO, 2013, p. 15). Em dez anos, porém, Bergoglio passaria do “exílio” de Córdoba para a figura mais destacada da Igreja na Argentina e na América Latina. No final do Sínodo dos Bispos de 2002, o vaticanista Sandro Magister escreveu: “Se houvesse um conclave nesse momento, o cardeal Bergoglio seria eleito papa”. Como explicar a rápida carreira episcopal do atual bispo de Roma?
 
Aconteceu que o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Antonio Quarracino, passou por Córdoba, conheceu Bergoglio e ficou admirado com a capacidade desse jesuíta “sereno e preciso”. Sem pretendê-lo, o cardeal tinha encontrado o homem ideal para sucedê-lo no arcebispado da capital portenha.
 
"Bergoglio já tinha sido indicado para o episcopado em outras ocasiões, mas sempre recusara
 
Os jesuítas têm por norma não aceitar o episcopado, salvo por obediência ao papa, característica essencial da Companhia de Jesus. Bergoglio já tinha sido indicado para o episcopado em outras ocasiões, mas sempre recusara. Dessa vez, contudo, o núncio da Argentina limitou-se a informá-lo de que João Paulo II o tinha nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires. Como bispo auxiliar, Bergoglio ganhou a simpatia do clero da capital portenha. E o cardeal Quarracino conseguiu fazê-lo arcebispo coadjutor, com direito à sucessão. Não foi fácil, porque o senhor núncio e o governo argentino tinham outros candidatos; mas Quarracino viajou a Roma e falou pessoalmente com João Paulo II.
 
Bergoglio não foi nunca um prelado “carreirista” – pecado que ele detesta. Em 2002, sendo já cardeal, recusou o cargo de presidente da Conferência Episcopal Argentina. No conclave de 2005, no terceiro escrutínio, Bergoglio teve quarenta votos, insuficientes para ser eleito papa, mas suficientes para impedir a eleição do cardeal Ratzinger, que era o favorito. O cardeal argentino saiu da disputa, suplicando que não votassem mais nele. Com isso, no quarto escrutínio, Ratzinger foi eleito com 84 votos. Que eu saiba, o papa Francisco não fez qualquer confidência a respeito das votações nos conclaves, que são sigilosas. Mas, em nossos dias, fora do sigilo da confissão sacramental, todas as informações acabam vindas à tona. Assim, os vaticanistas sabem quem era o candidato do cardeal Bergoglio no último conclave: o cardeal O’Malley de Boston (POLITI, 2014, p. 53). Essa informação me parece “verossímil”.
 
Linhas mestras do pontificado do papa Francisco
 
Em outubro de 2016, a Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM) convidou-me para participar do 3º Simpósio de Teologia e Pastoral, com uma palestra sobre: “O pontificado do papa Francisco: trajetória e perspectivas”. Tratava-se de apresentar, junto com outro palestrante, as linhas mestras do pensamento do atual pontífice.
 
"As ideias mestras do seu pontificado em três palavras: dignidade, misericórdia e alegria
 
Quando Bergoglio foi eleito bispo de Roma, escrevi-lhe uma carta de solidariedade. A carta demorou três meses para chegar às mãos dele, mas no dia seguinte ele me telefonou e me ditou o e-mail do seu secretário, Fabián Pedacchio (GONZÁLEZ-QUEVEDO, 2015, p. 53-54). Aproveitando esse contato privilegiado, no ano passado, escrevi ao papa Francisco, perguntando-lhe que temas do seu pontificado gostaria que não fossem esquecidos. Ele me respondeu, indicando-me os temas da misericórdia e da alegria. Então, imitando o jeito dele de esquematizar suas homilias, sintetizei as ideias mestras do seu pontificado em três palavras: dignidade, misericórdia e alegria.
 
a) Dignidade
No pensamento do atual papa, a dignidade de todo ser humano é prioritária, com destaque para as pessoas mais vulneráveis: os pobres, os doentes, as crianças, os velhos, os refugiados... Francisco prioriza a dignidade humana não só com palavras, mas com gestos concretos, como foi a visita à ilha de Lampedusa, principal porta de entrada na Europa dos refugiados afro-asiáticos.
Francisco insiste que é preciso demolir os muros que dividem países e pessoas e construir pontes que permitam diminuir as desigualdades. Denunciando a “cultura da indiferença” e a “cultura do descarte”, o papa prega a “cultura do encontro” e a “cultura da misericórdia”.
 
Os exemplos são intermináveis: abraçou, em plena Praça de São Pedro, um doente com o rosto deformado por uma doença rara; recebeu em audiência privada o transexual espanhol Diego Neria Lejarraga e sua namorada; saiu do Vaticano para visitar sete padres que abandonaram o sacerdócio e constituíram família, etc.
 
Na Carta Apostólica Misericordia et Misera, de 20 de novembro de 2016, Francisco insiste no dever de resgatar a dignidade inviolável da vida humana e denuncia a “cultura do individualismo exacerbado”, que “leva a perder o sentido da solidariedade e responsabilidade para com os outros” (n. 18). No final deste mesmo documento, que encerrou o Ano da Misericórdia, o papa instituiu um Dia Mundial dos Pobres, a celebrar-se no 33º Domingo do Tempo Comum (n. 21).
 
O pensamento humanitário do atual pontífice tem lhe dado um prestígio e uma estima que ultrapassam as fronteiras da Igreja Católica. Um judeu, especialista em liderança empresarial, apresenta esse papa como modelo de liderança aberta, acolhedora e inclusiva: “Homem modesto, porém brilhante”, Francisco é “o homem certo para a tarefa certa, na hora certa” (KRAMES, 2015).
 
b) Misericórdia
Os gestos de solidariedade humana de Francisco são expressão de sua fé em Jesus Cristo, que é o rosto da misericórdia do Pai. “Deus não se cansa de perdoar”, insiste Bergoglio, “nós é que nos cansamos de pedir-lhe perdão”. Certamente, o nosso Criador e Senhor ama tudo o que existe, “porque se odiasse alguma coisa, não a teria criado” (Sb 11,24). Ele não exclui ninguém do seu amor, como tem sublinhado o papa Francisco.
 
No livro O nome de Deus é misericórdia, nascido de uma entrevista com o papa, Andrea Tornielli destaca “a centralidade da mensagem da misericórdia” nos primeiros anos do pontificado de Francisco. As palavras do papa Bergoglio, simples e profundas, apresentam “o rosto de uma Igreja que não joga na cara das pessoas as suas fragilidades e feridas, mas as cura com o remédio da misericórdia” (TORNIELLI, 2016, p. 18). Para o autor, o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que se estendeu de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016, foi consequência da importância que a misericórdia sempre teve na pregação do antigo arcebispo de Buenos Aires.
 
A insistência na misericórdia nasce da centralidade que, na vida e na pregação do papa, tem a pessoa de Jesus. Num encontro internacional de teologia organizado pela Universidade Javeriana, de Bogotá, a teóloga brasileira, Maria Clara Lucchetti Bingemer afirmou justamente que a teologia do papa Francisco é uma teologia cristocêntrica. A teóloga atribui esse cristocentrismo à influência dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, berço da espiritualidade do papa. Na vida histórica de Jesus de Nazaré, longamente contemplada nos exercícios, “a misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta” (FRANCISCO, 2015, n. 6).
 
c) Alegria
A alegria bergogliana está em continuidade com a prioridade da dignidade humana e a centralidade da misericórdia de Deus. A Igreja que o papa Francisco deseja é uma Igreja de rosto alegre, evangelizadora e misericordiosa, “pobre, e para os pobres”, uma Igreja aberta aos problemas reais da humanidade, em diálogo com o mundo atual, com as outras Igrejas cristãs e com as outras religiões. Aos que o acusam de revolucionário e até de “comunista”, Francisco responde que é apenas um continuador do Concílio Vaticano II e dos papas anteriores, cujos documentos, ele cita frequentemente.
 
Acusado de “baratear” a doutrina católica e “protestantizar” a Igreja, ele respondeu que tais acusações não lhe tiravam o sono: “Eu continuo no caminho de quem me precedeu, eu sigo o Concílio” (FALASCA, 2016). A Igreja do Concílio Vaticano II reconheceu-se “a santa e sempre necessitada de purificação” (LG 8).
 
Pelas informações que temos das semanas transcorridas entre a renúncia de Bento XVI e a eleição de Francisco, podemos afirmar que o cardeal Bergoglio foi eleito por conta não só de seu testemunho pessoal de homem de fé, mas também da esperança de profunda renovação do governo geral da Igreja Católica, na situação de emergência em que se encontrava no ano de 2013. O cardeal cubano Jaime Ortega testemunhou publicamente o enorme impacto que teve no colégio cardinalício a breve fala de Bergoglio, no dia 7 de março daquele ano, durante as congregações gerais prévias ao conclave.
 
Nessa ocasião, falando espontaneamente, o arcebispo de Buenos Aires apresentou um modelo de Igreja evangelizadora que sai de si mesma e vai para as periferias – não só geográficas, mas existenciais. O cardeal argentino traçou também o perfil do papa de que a Igreja precisava naquele momento: “um papa dinâmico, que tenha um rosto alegre e seja a cara de uma Igreja mãe fecunda da doce e consoladora alegria de evangelizar”. Nessa fala, Bergoglio descreveu o seu modelo de Igreja e, sem pretendê-lo, fez seu próprio autorretrato. Dois dias depois, um grupo de cardeais desejosos de mudança no governo da Igreja lançou a candidatura do cardeal argentino (POLITI, 2014, p. 58-59).
 
Os principais documentos promulgados pelo papa Bergoglio são expressão deste modelo de Igreja de rosto alegre, evangelizadora e misericordiosa, aberta às necessidades reais dos homens e mulheres dos nossos dias. O próprio Francisco, respondendo à minha pergunta pelos temas prioritários do seu pontificado, escreveu-me: “A respeito da Laudato Si, Evangelii Gaudium e Amoris Laetitia, as três, já no título, assinalam o louvor e o gozo. Para mim, [isso] é fundamental” (carta privada do dia 15 de agosto de 2016).
 
Francisco vê a Igreja “como um hospital da campanha depois de uma batalha” (SPADARO, 2013, p. 19), chamada a cuidar das feridas das pessoas, aliviá-las com o óleo da consolação e enfaixá-las com a misericórdia (cf. Misericordiae Vultus, n. 15).
 
A Igreja do papa Francisco está próxima dos pobres, testemunhando a misericórdia de Deus, que “suscita alegria, porque o coração se abre à esperança de uma vida nova” (ib. n. 3).
 
Conclusão: questionamento e esperança
 
Jorge Mario Bergoglio não é um superman. É um homem extraordinariamente normal. A despeito de sua enorme popularidade, o papa Francisco não quer ser um papa pop. Ele se considera um pecador que experimentou a misericórdia de Deus. Francisco não é um homem das massas, como era, por exemplo, João Paulo II. Bergoglio foi sempre um homem de contato pessoal. Uma semana antes de sua eleição, o cardeal arcebispo de Buenos Aires passeava anônimo pelas ruas de Roma, sem qualquer sinal de sua dignidade cardinalícia (GONZÁLEZ-QUEVEDO, 2015, p. 28). Ele confiava que a sua idade, segundo as previsões dos vaticanistas, o excluiria da lista dos papabili.
 
Bergoglio se identifica como um “homem de Igreja”, sim, mas de uma Igreja que quer seguir com fidelidade o caminho de Jesus, que deve ser o caminho da própria Igreja que, em nosso tempo, se concretiza no caminho do Concílio Vaticano II. O papa Francisco é um homem de Igreja que aborrece o clericalismo, denuncia a “autorreferência” de muitos eclesiásticos, critica os religiosos e as religiosas que vivem como ricos e defende a “tolerância zero” em matérias de abusos sexuais do clero.
 
Já foi observado que o primeiro papa latino-americano, que presidiu a Comissão de Redação do Documento Final da Conferência de Aparecida, quer estender a toda a Igreja o que os bispos latino-americanos aprovaram para nosso continente: a urgência de uma conversão pastoral que coloque a Igreja em estado permanente de missão. “A conversão pastoral de nossas comunidades”, lemos naquele documento, “exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária” (CELAM, 2007, n. 370). Este programa coincide plenamente como “modelo de Igreja” do papa Francisco.
 
 "Quem vai realizar essa conversão pastoral da Igreja? O clero atual?
 
Após a conclusão da 5ª Conferencia do CELAM, o teólogo José Comblin elogiou “o projeto de Aparecida” (COMBLIN, 2008), mas questionou: quem vai realizar essa conversão pastoral da Igreja? O clero atual? Seria necessário “mudar a formação sacerdotal de modo radical”, dizia o teólogo, conhecido por suas posições críticas. Os religiosos teriam de voltar à sua vocação original e “deixar de ser administradores de paróquias e de obras”. Para o teólogo belga, com longa experiência em diversos países da América Latina, os missionários capazes de mudar a fisionomia da Igreja seriam os leigos (cf. MUGGLER, 2012).
 
Com a surpreendente eleição de Bergoglio como bispo de Roma, a Igreja Católica iniciou um novo período de sua história. José Comblim, falecido em 2011, teria ficado feliz coma eleição do papa Francisco. Os primeiros anos de seu pontificado têm dado à Igreja um novo rosto, mais leve e esperançado. A imagem pública da Igreja e do papado mudou. Até os teólogos mais críticos elogiam Francisco (DOODY, 2016).
 
Todavia, dada a idade avançada do papa, podemos nos perguntar: o modelo de Igreja de Francisco terá continuidade? Quem levará à prática o “projeto de Francisco”? Se fizéssemos a pergunta ao próprio Bergoglio, creio que ele responderia: “O povo santo de Deus”, e o clero com cheiro de ovelha, os religiosos e as religiosas fiéis à sua vocação profética, as monjas contemplativas, a quem o papa dedicou a Constituição Apostólica Vultum Dei Quaerere, os movimentos apostólicos e as novas comunidades, os jovens, os pobres... Em uma palavra, todas as pessoas de boa vontade, que não perderam a esperança de que outro mundo e outra Igreja são possíveis.
 
No final de uma palestra sobre o pontificado de Francisco, alguém me perguntou: “Esse papa deixará consolidada a reforma da Igreja ou seu pontificado será uma breve ‘primavera’, seguida de um retorno ao que o teólogo Karl Rahner chamou de ‘inverno eclesial’?”. Faço questão de repetir minha resposta: creio que o pontificado de Francisco é historicamente irreversível, como é irreversível o Concílio Vaticano II.
 
Sim, eu espero que o Espírito Santo, que acompanhou a Igreja de Cristo ao longo dos séculos, não há de abandoná-la neste tempo em que temos a graça de viver.
 
 
Fonte: Revista Vida Pastoral, jul-ago 2017, ano 58 nº 316

Atendimento

(62) 3223-4581 / 3225-0339

Atendimento via WhatsApp