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Escrito em 16/06/2017 por Fúlvio Costa

Arquidiocese de Goiânia celebra Corpus Christi na Praça Cívica

Arcebispo destacou também os 60 anos da instalação desta Igreja particular

Imagem Homilias
Celebração reuniu cerca de 10 mil pessoas na Praça Cívica Fotos: Rudger Remígio

A festa do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo (Corpus Christi), que celebramos na quinta-feira (15), mostrou mais uma vez que o lema da Arquidiocese de Goiânia, “Muitos membros, um corpo”, está em sintonia com o centro da vida cristã: Um só pão, um só corpo. Na Praça Cívica, também se exprimiu a unidade da Igreja, logo cedo, com a confecção dos tapetes pelos quais o Santíssimo Sacramento iria passar à noite. “Essa especial intimidade que se realiza na comunhão eucarística não pode ser adequadamente compreendida nem plenamente vivida fora da comunhão eclesial” (Mane Nobiscum Domine, São João Paulo II).

Fotos: Rudger RemígioO sentido da unidade, conforme o bispo auxiliar de Goiânia e coordenador arquidiocesano para a ação evangelizadora, Dom Moacir Arantes, se apresentou nas primeiras horas da manhã, com a confecção dos tapetes pelos jovens das paróquias. “Os tapetes são uma das belezas da fé que atraem e fazem as pessoas se disporem a ajudar e colaborar, cada uma do seu jeito, oferendo o seu dom, no esforço para fazer uma obra de evangelização”. O coordenador dos tapetes, padre Arthur Freitas, destacou que os trabalhos são também uma ocasião para evangelizar. “Por si só os tapetes têm um significado importante: a confecção, o trabalho, a convivência, a fraternidade e o momento celebrativo”.  O vigário paroquial da Catedral, padre José Gonçalves (Pe. Zezão), comentou o espírito de unidade que a festa proporciona. “É bonito ver o envolvimento dos nossos jovens das mais diversas paróquias, que contribui para esta grande celebração que une a nossa Igreja”. Com relação aos tapetes, ele pontuou que trata-se de “uma catequese a céu aberto, catequese de rua, que nos ajuda a aproximar de Deus”.

O dia inteiro foi dedicado à festa de Corpus Christi. No período da tarde foi a vez de os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão se prepararem espiritualmente na Paróquia São João Evangelista, no Setor Universitário, para a celebração da noite. Dom Moacir conduziu o primeiro momento da Jornada Eucarística com a adoração ao Santíssimo Sacramento. Em seguida, o coordenador arquidiocesano de Liturgia e Arte Sacra, padre Antônio Donizeth do Nascimento, deu uma palestra sobre a missão do ministro da Comunhão. Ele ressaltou que, para exercer esse serviço, é preciso ser disponível. “Muitos querem ser ministros, mas não querem servir. Outros até impõem quando e em quais horários podem servir. Isso não é correto”, disse. Por fim, ele deixou alguns questionamentos: “Tenho servido à comunidade? Tenho servido a Jesus para a conversão da minha família? E cadê os nossos familiares, eles estão aqui?”. Por volta das 15h30, o grupo deixou a igreja e desceu em procissão até a Praça Cívica, carregando o andor com Nossa Senhora Aparecida, imagem que peregrina desde setembro do ano passado pela Arquidiocese. Na praça, havia cerca de 150 padres, das mais diversas paróquias dos 27 municípios que integram a Arquidiocese, o Coral Arquidiocesano Santa Cecília, com mais de 150 vozes e todo o povo de Deus reunido.

Santa Missa

Presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Washington Cruz, concelebrada pelos bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Arantes, e todo o clero da Arquidiocese de Goiânia, a Santa Missa foi o momento mais forte da festa de Corpus Christi. Inspirado, o arcebispo destacou, em sua homilia, que aquele era um momento também para pensar o social, como os 14 milhões de brasileiros que se encontram desempregados. Momento também de rezar pelo país, para que a corrupção seja varrida da nossa sociedade. “Lá onde sobrou o pão na mesa de alguns, porque faltou pão na mesa de muitos, com certeza é porque negou-se a presença de Deus e a sua justiça”. Ele afirmou que “caminhar com o Senhor, que se fez Pão da Vida, torna-se, para todos, o sinal eficaz do compromisso com a justiça, com a verdade e com a paz”. Dom Washington também pediu aos padres, diáconos e demais responsáveis de comunidades, para viverem em unidade, a exemplo de Cristo e os discípulos. “Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão sagrado”.

Ação de graças pelo Jubileu 

Os 60 anos da Arquidiocese de Goiânia foram colocados nas intenções da celebração de Corpus Christi, como Ação de Graças por toda sua caminhada, até chegar ao Jubileu de Diamante. A Arquidiocese foi criada em março de 1956, sob o pontificado do papa Pio XII, pela Bula Christi Voluntas. Sua instalação, no entanto, ocorreu somente no dia 16 de junho de 1957, ocasião em que tomou posse o primeiro arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos. Dom Antonio Ribeiro de Oliveira foi o segundo, e o atual é Dom Washington Cruz, que assumiu o pastoreio da Igreja de Goiânia em 2002.  

Em sua homilia, ao destacar os pioneiros da Arquidiocese, Dom Washington lembrou “a vigorosa presença de Dom Emanuel e das congregações religiosas dedicadas à Educação, que criaram as escolas católicas e colaboraram na formação das várias gerações goianas”.  Lembrou de Dom Fernando Gomes dos Santos e de todos os que com ele deram corajosamente suas vidas para a missão evangelizadora da Igreja. “Foram eles que deram os primeiros e decisivos passos para a organização da Arquidiocese: criaram aquela que hoje é a Pontifícia Universidade Católica de Goiás, a Rádio Difusora, a Revista da Arquidiocese, o Centro de Pastoral, e fundaram novas comunidades, novas paróquias e até formularam os estudos para a criação de novas dioceses”, disse. Ao citar Dom Antonio Ribeiro de Oliveira (+) lembrou todos os que com ele organizaram e participaram das assembleias arquidiocesanas, das reuniões e do planejamento pastoral, da ação evangelizadora da Igreja. “Lembramos de todos os cristãos leigos, das lideranças comunitárias, dos agentes de pastoral que se dedicaram à catequese, às pastorais sociais, aos serviços e ministérios eclesiais, à defesa dos Direitos Humanos”, concluiu o arcebispo.

A festa foi encerrada com uma belíssima queima de fogos de artifício e o convite do arcebispo para o povo de Deus encher a Praça Cívica e as avenidas adjacentes no próximo ano. 

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